MINIMALISMO

Juliana Teixeira


Há tempos ouvi essa palavra e ela despertou em mim curiosidade, eu sempre ocilei muito nas minhas ideias - e como desculpa para isso, irei usar aquela frase daquela música do Raul Seixas “A vida é curta demais pra termos aquela velha opinião formada sobre tudo” rs - sempre ocilei entre querer ser minimalista e querer ter muita coisa e num desses dias de quarentena, decidi prestar um pouco de atenção na natureza, sempre quando faço isso, sem querer, tenho um momento de reflexão sobre quem eu sou, e passei naquele momento a pensar “quem eu era”, o meu espírito meio ativista diz muito sobre mim, não é mistério pra ninguém que a desigualdade social sempre foi algo que me tocou muito, muitos filósofos falam muito sobre a Práxis - dialética entre a teoria e a prática - então, não basta meu espírito ativista apenas estudar sobre política, sociedade, história e teorias, eu tenho que colocar algo em prática, se eu não consigo nem ao menos transformar a mim mesma, quem dirá transformar o mundo , pensando em quem eu era comecei a refletir sobre o meu consumismo, e comecei a me perguntar porque já quis ter uma bolsa cara um dia, porque as vezes ainda desejo ter um carro caro, se é exatamente contra tudo isso que eu prego, e logo percebi que é porque, ao você ter coisas, você passa a ter um tipo de “valor” , a gente muitas vezes quer ter as coisas pra mostrar que somos alguém e sermos aceitos pelas pessoas, mas porque raios eu preciso ser aceita pelo tipo de pessoa que valoriza alguém pelos bens materiais que ela tem, e não por ser quem ela é? Há uma grande problemática nisso e a cada dia eu sigo trabalhando para precisar cada vez menos da aceitação de pessoas que dão valor para o superficial e deixam de lado o que há de mais profundo: a humanidade de cada um.

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