Tic toc

Sempre precisamos de uma situação de emergência, para se lembrar que a vida precisa ser compartilhada.  E não digo isso em tom de esperança, mas de pesar por inúmeras pessoas que serão diretamente afetadas e posteriormente ceifadas pelo cerne dessa " situação emergência" .
Por analogia trago a seguinte parábola das dez virgens apresentada nas escrituras. As prudentes entraram para cerimônia e as imprudentes para a escuridão. As prudentes guardaram acesas suas lamparinas, as  imprudentes não se preocuparam em manter suas lamparinas acesas , só  precisavam na situação de emergência, que no caso a vinda do noivo. Acordaremos somente quando uma irrupção surgir em nossos caminhos? Nessa Modernidade líquida termo qualificado pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman pra referir as fluidez e a liquidez com que as pessoas vivem hoje em suas relações afetivas, amorosas e sociais. Nada hoje é feito pra durar. A instabilidade que experimentamos nesses dias, reflete o quanto tememos o amanhã. É preciso recapturar o conceito de comunidade e solidariedade e fortalecer os laços com as pessoas que ocupam um espaço importante em nossas vidas concomitantemente priorizando nossa responsabilidade social ( com o mundo, sociedade e pessoas fora do nosso hall).

O amor e a compaixão, se tornam elemento constitutivo da sobrevivência afetiva humana. Não me refiro ao amor platônico utópico. Mas o amor que fará o bem sem olhar a quem, com os pés no chão e as mãos sempre estendidas.

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